Após 4 meses de reclusão, recuperando-me de um cirurgia de proporções físicas, emocionais e catastróficas (hauhauauahhuahau) resolvi voltar a escrever.
Tava pensando em escrever um post todo dramático mostrando o quanto a minha “frágil vida” estava mudando... Porem já estou cansado de falar sobre isso. Agora e hora de olhar para frente!
Achei esse poema do Camões que transfere em palavras esses 4 meses que vão ficar perdidos no tempo.
Mudam-se os Tempos, Mudam-se as VontadesMudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
Muda-se o ser, muda-se a confiança:
Todo o mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades.
Continuamente vemos novidades,
Diferentes em tudo da esperança:
Do mal ficam as mágoas na lembrança,
E do bem (se algum houve) as saudades.
O tempo cobre o chão de verde manto,
Que já coberto foi de neve fria,
E em mim converte em choro o doce canto.
E afora este mudar-se cada dia,
Outra mudança faz de mor espanto,
Que não se muda já como soía.
Luís Vaz de Camões, in "Sonetos"
Muda-se o ser, muda-se a confiança:
Todo o mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades.
Continuamente vemos novidades,
Diferentes em tudo da esperança:
Do mal ficam as mágoas na lembrança,
E do bem (se algum houve) as saudades.
O tempo cobre o chão de verde manto,
Que já coberto foi de neve fria,
E em mim converte em choro o doce canto.
E afora este mudar-se cada dia,
Outra mudança faz de mor espanto,
Que não se muda já como soía.
Luís Vaz de Camões, in "Sonetos"
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